Há mais de vinte anos, todas as semanas, na ADERE, acontece a reunião semanal dos atendidos que estão empregados ou que se preparam para obter a sua vaga no mercado de trabalho. Reunidos em uma roda de conversa, com a supervisão de uma psicóloga e duas assistentes sociais, rapazes e moças, na faixa dos 20 a 35 anos, falam sobre suas expectativas, experiências e dificuldades. Antes de começar, no entanto, todos apresentam o seu “passaporte”: a carteira de identidade que caracteriza cada um como cidadão, com direitos e deveres.
Dentre eles, Josiel Luna, de 31 anos, está animado com o trabalho numa confeitaria famosa. “Lá é mais agitado e eu preciso ter muita atenção!”. Perguntado como se sente entre os demais funcionários, ele abre um sorriso largo e responde: “Me sinto respeitado”.
Ele conta o que faz na cozinha da confeitaria: “Rissoles, coxinhas de camarão, bolinhos de carne...”, explica, com propriedade. Também afirma que a capacitação que vivenciou na ADERE (e na cozinha) foi importante para aprender regras e técnicas que aplica na atual função. Vivências que possibilitaram que o jovem passasse por um rigoroso processo seletivo, com exames clínicos, laboratoriais e entrevistas para avaliar sua postura, seu temperamento e os cuidados com a higiene pessoal, sendo aprovado para a fase de experiência.
Josiel sempre compartilhou seu sonho com a equipe e os amigos da instituição: ele queria muito trabalhar em uma fábrica de bolacha recheada. Hoje, esse sonho está se realizando. “Não faço bolacha... Ainda... Mas estou feliz”, pontua.
A independência que ele conquistou mexeu com seu jeito de ser. O “menino” se transformou em um homem, bem mais articulado, com ideias e opiniões sobre tudo. Em casa, ele é a referência de seu irmão mais novo, Moisés, que também frequenta a ADERE e o grupo. “Josiel conseguiu bastante coisa. Ele é meu exemplo”, afirma orgulhoso.
As mudanças de vida de Josiel impactaram a rotina da família. Quando ele ainda frequentava a ADERE diariamente, era responsável por trazer o irmão com ele, pegando o ônibus e fazendo uma pequena caminhada. Com a orientação da ADERE, treinou Moisés para que passasse a vir sozinho, o que tem acontecido com êxito. Ou seja, a autonomia de um favoreceu a do outro.
Ainda em fase de experiência no trabalho, Josiel está confiante: “Eu acredito em mim. Vou passar na experiência. Minha vida será assim, de trabalhador”, profetiza.
Questionado como se sente quando entra no trabalho e coloca o uniforme branco, Josiel não se intimida: “Me sinto um doutor!”. Os colegas de grupo sorriem, mas sabem que essa é a sensação que também querem ter, porque nada melhor do que ser reconhecido, valorizado e poder mostrar seu potencial.
Este é mais um caso de sucesso do trabalho da Adere junto às pessoas com deficiência intelectual pela inserção, com qualidade, no mercado de trabalho. Uma atuação que precisa de seu apoio, seja como doador, seja como empresa interessada na prestação de serviço de capacitação profissional, cada vez mais conhecida e reconhecida pelas corporações que usufruem dessa expertise da organização. Para saber mais, entre em contato conosco: (11) 5562-4523 e adere@adere.org.br
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Do outro lado da roda está Gerônimo João Ferreira, jovem de 28 anos, cheio de ideias para compartilhar. Atualmente, é repositor no supermercado. A psicóloga pergunta como foi o começo do trabalho.
“Olha... Me mudou bastante. Quando eu recebi meu primeiro vale, fui pra casa e abri a geladeira. Vi que faltava mistura. Fui no mercado e comprei. Agora estou ajudando em casa”, diz emocionado.
Sobre a influência da ADERE, Gerônimo cita, especialmente, a melhora do comportamento: “Eu era muito briguento e agitado. Se eu ficasse daquele jeito, eu não ia pra frente. Tive aqui a oportunidade de mudar e me deram muito apoio. Na ADERE, eu aprendi a respeitar as pessoas, a ser gentil. No trabalho eu ajudo os clientes. Também gosto de ensinar meus amigos”, conta.
A família percebeu a mudança de Gerônimo: “Eles viram que eu desenvolvi”, comenta. “Minha mãe achava que eu não conseguiria. Falei pra ela que conseguiria, sim. E que seria bom também pra ela”. Gerônimo foi aprovado na experiência, com louvor. “Agora minha mãe tá mais tranquila, meus irmãos também. Eu me sinto mais dentro da minha família, com responsabilidade”.
O que os amigos acharam dessa nova etapa? Gerônimo sorri: “Ele me falam que eu tô sumido. Eu digo que tô trabalhando.” Atualmente, tanto em casa como entre os colegas do bairro, Gerônimo é o único que está empregado, com carteira assinada.
Conquistar um espaço no mundo do trabalho, ser autônomo e respeitado na comunidade e na família são avanços importantes para a pessoa com deficiência intelectual, que se sente incluída de forma ativa na sociedade. Este é o papel que a ADERE quer continuar realizando pelo bem-estar desses indivíduos, para fortalecer as famílias e a coletividade.
Com relação às empresas empregadoras, a iniciativa só traz benefícios, já que é uma mão de obra qualificada e preparada para conviver em equipe, seguir orientações, ser pontual, ter higiene, ser solidária, alguns dos aspectos trabalhados com o grupo e demais assistidos da ADERE.
Por isso, o apoio de pessoas e empresas é essencial, seja por meio de doações, contratação para postos de trabalho ou mesmo voluntariado na instituição. Quem sabe você pode nos ajudar em alguma dessas frentes? Acesse o nosso site e saiba como: www.adere.org.br
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